Antes de Começar essa postagem, gostaria de dar as boas vindas, ainda que atrasadas, aos nossos queridos amigos, irmãos que assumiram a nova coordenação da Pastoral Familiar,
A Durval e Rosania, Gedeon e Ana Claudia
Queremos orar ao Senhor para que ele possa lhes dar força sabemos o quanto vocês são merecedores e capazes para esta função. Saibam que o Senhor Jesus tem plena confiança em todos vocês por isso lhes presenteou com esta missão, lembre-se que a caminhada é árdua, porém, as graças são muitas.
EXAME PARA PREGADORES
Só faltaram me apedrejar quando propus, numa reunião, que houvesse a cada dois anos, um exame de conhecimentos religiosos para todos os pregadores que falam no rádio e na televisão. De cinco em cinco anos, nós padres, com 500 perguntas mais pesadas e exigentes e, de dois em dois anos, os leigos com 100 perguntas do catecismo e dos mais recentes documentos da Igreja, deveriam ser examinados. Todas as dioceses deveriam fazê-lo e quem não tirasse nota acima de 8 deveria fazer um curso de um ano para se atualizar.
Falei o que pensava e escutei o que não queria. Quem eu achava que era? Só por dar aulas de comunicação e ser um dos pioneiros, por que questionar a cultura e a boa intenção dos colegas? Por acaso eu era doutor? Por acaso eu tinha autoridade para dizer aquilo? Quem eu queria humilhar e eliminar com aquela proposta? Havia rancor em alguns...
De volta ao microfone, lembrei que médicos, engenheiros, advogados e professores passam pela mesma situação e acrescentei que o mesmo deveria acontecer aos políticos, administradores, motoristas e policiais, para que ninguém ficasse desatualizado. Que cada qual saiba o mínimo necessário sobre as novas situações que sua profissão vai enfrentar. Quem é competente não deve se magoar com a idéia de ser examinado. Afinal, se conhece o assunto, certamente se sairá bem. Se não conhece, será como o farmacêutico que passa receitas sem conhecer o teor dos remédios que sugere.
Minha proposta nasceu do que vejo e ouço na televisão e no rádio. Há muitos pregadores que demonstram não ler absolutamente nada de catequese. Recentemente um deles disse que São Miguel era o centurião do céu no tempo de Adão e Eva. Um outro disse que Jesus era o próprio Espírito Santo do Pai. Outro disse que se pode comungar Maria, porque o sangue dela tem o mesmo DNA de Jesus. Outro, ainda, dizia que Jesus era o Pai Eterno encarnado como Filho em Maria. E um outro abençoou o povo em nome do Deus Pai, do Deus Filho e do Deus Espírito Santo: trinitarismo flagrante!
Penso que estes exames forçariam alguns que falam em nome da Igreja a estudar mais. Estar no balcão não é o mesmo que entender de remédios. Falar num programa religioso não é o mesmo que conhecer o assunto. Exija-se de todos que saibam o mínimo necessário. Haveria bem menos desvios doutrinários...
Pe. Zezinho SCJ