Lagoa do Terto

19 de janeiro de 2010

Entendendo Melhor a Nossa Bíblia

Entendendo Melhor
a Nossa Bíblia


Quantas vezes nos deparamos ao lermos a nossa bíblia com nomes que não temos a mínima idéia do que quer dizer, por exemplo: filactérios, hodierno, xofrango ceitil dentre muitas outras ... esta simples falta de conhecimento leva muitas pessoas a perderem o “fio da meada” e acabam por desperdiçarem belíssimas interpretações de lindos textos bíblicos, o Nosso Blog irá começar hoje dando um pequeno incentivo para que vocês mesmos possam deixar aqui escritas as suas dúvidas.

Não se esqueçam! se ao ler a sua Bíblia você se deparar com alguma palavra que não sabe o significado use a barra lateral do blog e peça para que possamos esclarecer. Iremos procurar melhor responder às suas dúvidas.

Como prometido daremos o primeiro passo começando por uma palavra que é bem usada pelos Evangelhos que muitas vezes familiarizamos com o seu som e não sabemos realmente o que significa.


FARISEUS



Fariseus, quem eram?



Nome de uma das três principais seitas judaicas, juntamente com os saduceus e os essênios. Era a seita mais segura da religião judaíca, At 26. 5. Com certeza, a seita dos fariseus foi criada no período anterior à guerra dos macabeus com o fim de oferecer resistência ao espírito helênico que se havia manifestado entre os judeus tendente a adotar os costumes da Grécia. Todo quantos aborreciam a prática desses costumes pagãos, já tão espalhados entre o povo, foram levados a criar forte reação para observar estritamente as leis de Moisés. A feroz perseguição de Antíoco Epifanes contra eles, 175-164 AC levou-os a se organizarem em partido. Antíoco queria que os judeus abandonassem a sua religião em troca da fé idólatra da Grécia, tentou destruir as Santas Escrituras, e mandou castigar com a morte a quantos fossem encontrados com o livro da lei. Os hasideanos que eram homens valentes de Israel, juntamente com todos que se consagravam voluntariamente à defesa da lei, entraram na revolta dos macabeus como um partido distinto. Parece que este partido era o mesmo dos fariseus. Quando terminou a guerra em defesa de sua liberdade religiosa, passaram a disputar a supremacia política; foi então que os hasidianos se retraíram. Não se fala deles durante o tempo em que Jônatas e Simão dirigiam os negócios públicos dos judeus, 160-135 AC.

Os fariseus aparecem com este nome nos dias de João Hircano, 135-105. Este João Hircano pertencia à seita dos fariseus, da qual se separou para se tornar adepto das doutrinas dos saduceus. Seu filho e sucessor Alexandre Janeu, tentou exterminá-los à espada. Porém, sua esposa Alexandra que o sucedeu no governo no ano 78, reconhecendo que a força física era impotente para combater as convicções religiosas, favoreceu a seita dos fariseus. Daí por diante, a sua influência dominava a vida religiosa do povo judeu. Os fariseus sustentavam a doutrina da predestinação que consideravam em harmonia com o livre arbítrio. Criam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo e na existência do espírito; criam nas recompensas e castigos na vida futura, de acordo com o modo de viver neste mundo; que as almas dos ímpios eram lançadas em prisão eterna, enquanto que as dos justos, revivendo iam habitar em outros corpos, At 23. 8.
Por estas doutrinas se distinguiam eles dos saduceus, mas não constituíam a essência do farisaísmo, que é o resultado final e necessário daquela concepção religiosa, que faz consistir a religião em viver de conformidade com a lei, prometendo a graça divina somente àqueles que fazem o que a lei manda. Deste modo, a religião consistia na prática de atos externos, em prejuízo das disposições do coração. A interpretação da lei e a sua aplicação aos pormenores da vida ordinária, veio a ser um trabalho de graves conseqüências; os doutores cresciam em importância para explicar a lei, e suas decisões eram irrevogáveis. Josefo, que também era fariseu, diz que eles, não somente aceitavam a lei de Moisés, interpretando-a com muita perícia, como também haviam ensinado ao povo mais práticas de seus antecessores, que não estavam escritas na lei de Moisés, e que eram as interpretações tradicionais dos antigos, que nosso Senhor considerou de importância secundária, Mt 15. 2, 3, 6.

A principio, quando era muito arriscado pertencer à seita dos fariseus; eram eles pessoas de grande valor religioso e constituíam a parte melhor da nação judaica. Subseqüentemente, tornou-se uma crença hereditária, professada por homens de caráter muito inferior que a ela se filiavam. Com o correr do tempo, os elementos essencialmente viciosos desta seita, desenvolveram-se a tal ponto de fazerem dos fariseus objeto de geral reprovação. João Batista, dirigindo-se a eles e aos saduceus, chamou-os  de raça de víboras. É muito conhecida a linguagem de Jesus, pela qual denunciou severamente estas seitas pela sua hipocrisia e orgulho, pelo modo por que desprezavam as coisas essenciais da lei para darem atenção a minúcias das práticas externas, Mt 5.20; 16.6,11,12; 23.1-39. Formavam uma corporação de intrigantes. Tomaram parte saliente na conspiração contra a vida de Jesus, Mc 3.6; Jo 11.47-57. Apesar disso, contavam-se em seu meio, homens de alto valor, sinceros e retos, como foi Paulo, quando a ela pertencia e de que se orgulhava, em defesa de sua pessoa, At 23.6; 26.5-7; Fp 3.5. Seu mestre Gamaliel também pertencia à mesma seita.
Fonte: Dicionário Bíblico John Davis 

Adap. Aluizio França

Qual o Kairos Que Mais te Emocionou